7 de outubro de 2009

Diário do Gamacom 2º dia

1º Painel
Fotos Felipe Corrêa

O professor de rádio Alexandre Ferreira e a editora da Band Rio Eleida Góes


Por Alessandra Nunes e Priscila Domingues

“Jornalismo Ambiental: inovações editoriais” foi o tema do primeiro painel do Gamacom no segundo dia. Mediado pelo jornalista, radialista e professor do curso de Comunicação Social da UGF Alexandre Ferreira, contou com a participação da editora-chefe da TV Bandeirantes Rio, Eleida Góes, que destacou a importância de a mídia abordar temas sobre meio ambiente de forma mais aprofundada.
— Temos sempre a preocupação de produzir não só reposrtagens, mas também séries sobre meio ambiente.
Para ilustrar, ela exibiu um vídeo com reportagens mostrando a quantidade de lixo (inclusive hospitalar) jogado na Baía de Guanabara e em aterros clandestinos, colocando em risco a saúde de pescadores, catadores e da população em geral.
Para Alexandre Ferreira, o jornalismo ambiental tem a obrigação de aproximar as pessoas do assunto e não tratá-lo de forma distante.
— É importante que a gente aproxime o público do meio ambiente, fazendo com que ele saiba de que forma pode contribuir para preservá-lo.
Além do tema meio ambiente, Eleida deu alguns conselhos aos futuros jornalistas na platéia.
— Todo bom jornalista tem que ter seu caderninho de contatos, pois quando se tem um bom entrevistado a matéria se torna mais rica. Tem certas técnicas que aprendemos ao longo da profissão, como, por exemplo, não fazer perguntas duplas porque o entrevistado acaba não respondendo a tudo.
Um ponto fundamental abordado foi o amor à profissão.
— Tenha amor à profissão, não importa se você ganha bem ou mal, o amor à profissão é fundamental e vai se refletir no seu trabalho — explicou Eleida.
— Não se é jornalista apenas quando se chega ao trabalho. Jornalista é jornalista 24 horas por dia — ressaltou Alexandre.

2º Painel

Romualdo Ayres, professor de pubicidade Norivaldo Carneiro e Glauco Pochine

O segundo painel, mediado pelo publicitário e professor do curso de Comunicação Social da UGF Norivaldo Carneiro, teve como tema “Publicidade e meio ambiente: novas linguagens, novos enfoques” e contou com a participação do consultor em marketing ambiental Romualdo Ayres e do publicitário Glauco Pochine, diretor geral da Conexão Brasil Comunicação.
Norivaldo deu início ressaltando a rápida evolução pela qual o mundo tem passado e a necessidade de adaptação.
— As coisas mudam, as relações sociais mudam e as profissões também. É preciso mudar e se adaptar para acompanhar todas essas transformações.
Para Romualdo, as questões referentes ao meio ambiente vem sendo mais divulgadas de um tempo para cá.
— A falta de conhecimento faz com que a gente tenha atitudes extremamente equivocadas. A questão do aquecimento global, por exemplo, vem sendo mais divulgada desde 2006 e atualmente já é bem aceita.
Glauco acredita que os profissionais de comunicação tem um papel importante, que é o de formador de opinião, mas que muitas vezes erram ao não se colocarem do outro lado, como consumidores também.
— A gente não pode subestimar o poder que o consumidor tem nas mãos. Hoje, as pessoas estão mais conscientes e exigindo mais dessas empresas em ralação ao meio ambiente e à sustentabilidade.
O termo mais utilizado durante a palestra foi sustentabilidade, que é o uso consciente dos recursos naturais.
— Uma pesquisa realizada pela WWF apontou que a humanidade já consome 25% mais recursos naturais do que é capaz de repor. Temos que mudar a nossa forma de consumir — explica Romualdo.
— As empresas que querem ter ganhos rápidos não conseguirão se encaixar na sustentabilidade — afirma Glauco.
Norivaldo Carneiro finalizou dizendo que a questão principal não está em reduzir o consumo, mas sim em fazê-lo de forma racional.
— Precisamos fazer publicidade e marketing de uma maneira mais ecológica e correta. Trabalhamos com a premissa capitalista, que é baseada no consumo. Então não é reduzir, mas consumir com consciência ambiental.

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