21 de maio de 2010

DIÁRIO DO GAMACOM - QUARTO DIA

No último dia de Gamacom, os alunos do curso de comunicação foram ao auditório para assistir aos palestrantes Emmanoel Ferreira, professor da UFF, Nelson Gobbi, editor do caderno B do Jornal do Brasil, Denise Lilenbaum, jornalista e assessora cultural, e Zeca Camargo, jornalista e apresentador da TV Globo. Assuntos como interatividade, games, novas mídias, ética e a obrigatoriedade do diploma de jornalismo foram abordados neste ultimo encontro.
A mediadora, professora Ariane Holzbach, definiu a importância de se debater a ética do entretenimento:
— Entretenimento é algo muito sedutor e nunca foi tão debatido quanto ultimamente.
Abrindo a palestra, Emanuel Ferreira destacou a proporção que os jogos eletrônicos tem tomado na vida das pessoas, como estão cada vez mais comuns nos lares e a forma que eles afetam a vida das pessoas, podendo interferir na identidade e na maneira de agir das pessoas que os jogam. Para ele, a interatividade oferecida pelos jogos faz com que cada vez mais as pessoas tenham interesse por eles:
— É comum que as pessoas que jogam sejam transportadas para aquela realidade e quando o jogo termina elas têm que voltar aos poucos para a realidade do seu cotidiano.
Nelson falou sobre a relação da mídia com as pessoas, da necessidade de se desenvolver um olhar mais crítico para que se possa filtrar o que realmente é relevante em virtude das novas mídias e do excesso de informação. Ele destacou a interatividade, que está cada vez mais presente em todas as formas de mídia e atrai o público, já que ele tem uma parcela de contribuição no conteúdo. Também falou sobre a substituição dos meios de comunicação:
— A internet passou a ser importante para se ter uma notícia diferenciada, conseguir ter um outro olhar sobre o entretenimento e a cultura. Mas o e-book não substitui o livro, o MP3 não substituiu o vinil e a internet não acaba com a informação, são maneiras complementares.
Denise reforçou a necessidade do público filtrar as informações relevantes, já que a quantidade de informação fornecida é enorme e nem sempre toda ela é importante:
— Informação não é sinônimo de conhecimento.
Ela comentou ainda o fato do diploma de jornalismo não ser mais exigência, e disse acreditar que isso desmerece, em termos, parte da classe jornalística, mas que isso não vai abalar profundamente o setor, já que a base obtida na faculdade é indispensável para a vida profissional.
Zeca abordou a ética e a apuração dos fatos, afirmando são os pilares de um bom jornalismo, e que ao pensarmos em ética devemos pensar em conseqüência:
— Ética é uma palavra muito poderosa e assustadora. Eu gosto mais de pensar na conseqüência que aquele fato terá na vida das pessoas.
Ele também comentou sobre as novas mídias e disse que elas não vieram tirar o espaço das outras, e sim colaborar com elas. Destacou a internet como um meio democrático e ilimitado, já que o espaço está disponível a todos e sem restrições:
— Eu, por exemplo, sou blogueiro e adoro. Escrevo textos enormes, já que na internet o espaço é todo meu.

Texto: Priscila Domingues e Sibelle Alves

Um comentário:

  1. Esqueceram de falar do menino que abriu a palestra do último dia com umas palavras muito maneiras hahah
    brincadeira ...
    abraços ..
    ah qualquer coisa ... cronicavulsa.blogspot.com

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