20 de maio de 2010

DIÁRIO DO GAMACOM: TERCEIRO DIA

O terceiro dia de palestras do X Gamacom foi voltado para os estudantes de publicidade. O assunto abordado foi “Comunicação publicitária: a ética na criatividade”. A mediadora, professora Maria Helena Hofmann abriu a palestra frisando que para manter a ética na publicidade devemos evitar uma posição ofensiva e sempre respeitar as diferenças. Para debater o assunto estavam presentes a produtora de audiovisual e professora, Claudia Val, o diretor de criação da WMcCann, Gustavo Diogo, o representante da Associação Brasileira de Publicidade (ABP), Marcelo Diniz e o diretor de arte, J.C Fajardo.
Cláudia, que é ex-aluna da Universidade Gama Filho, fez uma explanação sobre a criatividade como uma grande ferramenta na hora de montar uma propaganda e a importância de se ter uma boa ideia na publicidade. Para ela, o brasileiro é um bom contador de histórias e uma boa ideia é atemporal, surgindo às vezes das pequenas coisas do dia a dia e que o profissional de publicidade precisa “ter um olhar” para poder entender
o que o público gosta. Ela também mostrou as mudanças do comportamento do consumidor e o novo mercado que surgiu com a concorrência e com a velocidade da informação nos dias de hoje, o que obriga o publicitário a pensar nas diversas possibilidades antes de criar. Cláudia aconselhou os futuros publicitários a conhecer seu público, saber do que ele gosta, o que quer e quais são seus maiores desejos.
Gustavo explicou que a propaganda não mudou, já que os conceitos estão sendo revisitados e as novas mídias abriram mais campos de trabalho para o publicitário. Segundo ele, as pessoas deixaram de ser apenas consumidoras e passaram a ser divulgadoras de ações publicitárias. O diretor lembrou da internet como um meio de divulgação gratuita e com grande poder de alcance. Sobre a criatividade, Gustavo disse que é o raciocínio lógico estruturado e que a criação sempre parte de um conceito já existente, seja ele uma propaganda ou conceito criado ao longo da sua vida.
Já Marcelo destacou a ética, ressaltando que a liberdade de expressão tem obrigação de respeitar os limites do direito do outro. Outra questão levantada por ele, foi o poder de persuasão da publicidade e que ao se pensar em uma campanha publicitária deve-se analisar a mensagem que está sendo passada ao público-alvo.
O diretor de arte J.C Fajardo citou a necessidade de se ter compromisso ético para desempenhar um bom trabalho e disse já ter recusado trabalhos por considerá-los agressivos e antiéticos. Ele falou que se cada um praticar o melhor de si, a sociedade irá melhorar e que a credibilidade profissional é o resultado de uma boa conduta ética e que abre muitas portas para o publicitário. Para ele, uma forma de se construir uma boa imagem é cumprir o que foi prometido ao cliente.
Os palestrantes exibiram alguns trabalhos publicitários e ao final responderam as perguntas da platéia.

Texto: Priscila Domingues, Bianca Deziderio, Camila de Souza e Sibelle Alves

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